Pensamento da Semana

O sucesso é construído à noite! Durante o dia! Nós fazemos o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, temos que ser especiais. Se não fizermos igual ao resto do mundo, obteremos mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso.

05 abril 2011

Sem Abrigo

É muito frequente nos dias de hoje encontramos pessoas a vaguear pelas ruas das cidades tornando-se anónimas sem rasto sem nome.
Para compreendermos essas pessoas é preciso entramos no mundo delas compreendermos a razão que as levaram a mudar de rumo algures no passado decerto esforçaram-se por uma vida melhor, mas não conseguiram.
Desse espaço malogrado restam hoje, os desgostos, a exclusão social, a falta de afectos, a indiferencia, o desinteresse pessoal, a falta de emprego, as divídas, a vergonha…
Procurar entrar no mundo deles e tentar descobrir a razão do desânimo do facto de não quererem voltar a lutar por um sorriso, resta-nos um apelo aos nossos governantes e à sociedade em geral: que façam algo por essas pessoas tornando a sociedade mais justa, mais amiga.
Ana Rosa ALves Ferreira

“The King`s Speech”

Introduction:
The King`s speech is a wonderful film, based on a true story, between King George VI and Lionel Logue, a speech therapist who helps the king to overcome his speech impediment and become king of England.
Development:
The king`s problems started when he was a child and his nanny didn’t feed him what caused him stomach and throat problems. He also suffered from knee problems and was left handed. All this was responsible for the speech impediment.
A very special relationship was born between Bertie (the king) and Lionel (the therapist) when they start the speech therapy.
Lionel teaches the king to be self-confident and motivates him to overcome all his trauma. Finally, Bertie becomes the leader the nation needs and is crowned king George VI of England.
Conclusion:
As you can see, this great film reinforces the idea of friendship and tells us never to give up. Social differences should never be an obstacle between people. Don`t miss it.

Sem Abrigo


Na minha cidade existem vários sem-abrigo mas há um que me desperta especial atenção. A sua fisionomia é a de alguém que o tempo desgastou. Tornou-se débil. Cabeça baixa, ombros caídos, de olhar triste à procura de algo que não encontra.
O nosso dia-a-dia está repleto de pessoas que por diversos motivos se afastaram da sociedade e dos lares familiares. São pessoas que perdem a ligação afetiva e social, identidade, resistência e capacidade de enfrentar os problemas da vida. Vêm de todos os quadrantes sociais e por vários motivos, financeiros ou outros, perderam a sua habitação.
Muitas vezes associamos estas pessoas ao consumo de álcool e de droga. Passam os dias na rua e cruzam-se com outras pessoas, com quem partilham a mesma ausência de horizontes. Perderam a casa, o lar, o aconchego. Perderam os amigos, o convívio social. Perderam tudo ou quase… Desistiram de lutar e de sonhar.
Passados uns tempos na rua, vem a degradação física e mental. Um dia partem, fecham os olhos e mal damos pela sua falta.
O fenómeno dos sem-abrigo não pára de crescer no nosso país e na União Europeia, não se notando qualquer esforço ou solução política para o problema. Em Portugal, quase não existe solução legal para o problema embora as instituições não governamentais se desunhem para dar algo a essas pessoas. A nossa constituição, diz que todos têm direito a uma habitação digna, mas a realidade à nossa volta não o confirma.
Todas as pessoas têm direito ao bem-estar de um lar. É preciso criar estruturas que permitam analisar e resolver o fenómeno, para que este diminua. É urgente integrar as pessoas na sociedade. É urgente fazer-se algo, devolver o brilho perdido.


Elaborada por:

Rosa sobrinho
Fatima marques
Estrela silva

28 março 2011

Isto de viver na miséria
Era o inverno de 2008, se não me engano, numa sexta-feira à noite provavelmente por volta das 23:00.
O meu irmão e eu percorríamos o caminho de volta para casa. Enquanto aguardávamos no cruzamento que o semáforo nos desse autorização para avançarmos, um homem sentado na calçada chamou a nossa atenção. Sessenta anos, vestido com roupas finas, chinelos nos pés escuros, todo encolhido, os braços envolvendo as pernas contraídas. Tremia.
O sentimento de compaixão emergiu-me instantaneamente e o meu irmão acompanhou-me na mesma sintonia.
Todos os sem abrigo procuram um canto onde se possam aconchegar. Mas todos eles já viveram uma vida melhor, outrora, por motivos que não se sabe ou que já esqueceram. Em tempos, tiveram uma boa impressão da sociedade, mas neste preciso momento têm uma opinião muito diferente. Muitos destes mendigos procuram viver da maneira que podem.Sentem-se sem poder algum na sociedade e também inferiorizados por ela. Passam os dias a viver das esmolas dos outros, tentando arranjar forma de comer e de sobreviver. Quando o frio aperta, procuram um abrigo onde não chove, onde não apanham frio. Recorrem muitas vezes à ajuda humanitária e ao bom coração das pessoas.
E do mais fundo da minha memória, surgiram aquelas palavras de meu pai, meias apagadas na folha de papel amarelado que encontrara na sua gaveta.
Pobre sociedade, sociedade pobre.
Que no dia-a-dia descobre
Muita gente a mendigar.
Uns mendigam para comer
Para assim poder viver.
Outros para pagar a renda
Para evitarem viver numa tenda.
Mas é triste ver mendigar
Por coisas menos importantes.
Ver mendigar ao vizinho do lado
Para que este o ajude no seu fado
Como se eles políticos fossem,
Mendigando votos para a sua eleição.
Mas quantos não precisam de mendigar
Se fizerem esforço para melhor trabalhar
Respeitando os outros, para se fazerem amar.



Sérgio Gomes

A MISÉRIA

Chegou o inverno. Com ele veio o sofrimento das pessoas mais carenciadas. Algumas delas serviram o nosso país, defenderam as nossas cores, choraram com saudade dos seus entes queridos, quando nessa época, os “grandes” se acomodavam nas suas benfeitorias e riquezas.

Hoje, são pessoas cabisbaixas, de olhar melancólico, num espelho não reflectido transmitindo-nos o desespero e a inconformidade do que nas suas almas percorre, absortas em pensamentos longínquos, escuros, trémulos.

Trazem roupas sem esplendor, sem outras marcas do que as do excesso do seu odor, do lixo onde dormem. São roupas tão poídas e amargas como as suas vidas. A fome marca-lhes o rosto e a alma. A almofada da vida que não vivem mas que apenas atravessam é feita somente de tristeza e de solidão. Como amigo têm o contentor do lixo e como amparo as mantas de papelão.

Cruzamo-las todos os dias, denegrindo a paisagem nos jardins, assustando os transeuntes. São os mendigos!

Mas é por entre a miséria que se encontram os seres mais astutos: grande e genuína tradição portuguesa é a Miséria.

Autores: Joel Ferreira, Tiago Gil

25 março 2011

Crónica: Consumismo exagerado



É domingo. Ei-los que chegam, de carros coloridos, donde saem os filhos, a mãe e a sogra. Vêm da periferia e parecem trazer no rosto a expressão ávida de quem vai entrar numa catedral.
Em filas, para as caixas automáticas, com os bolsos cheios de cartões de créditos, lá vão, caminhando para a fatalidade do consumismo exagerado.
É um entra e sai das lojas, um corrupio agradável, com grandes sacolas nas mãos. Com a mesma alegria no rosto, numa gelataria, vão saciando as ânsias com grandes gelados e ficam por instantes com um brilho fantástico nos olhos.
É a correria das crianças, com as mãos cheias de guloseimas, um autêntico festival de emoções.
É a escolha do melhor LCD, é a aquisição de um novo par de botas, um perfume para o marido, um bibelô lá para casa, porque é bonito, depois se verá onde o colocarão, umas sapatilhas Adidas porque estão em promoção.
No final do dia regressaram a casa um pouco tontos e lentamente vão tendo a verdadeira noção da realidade.
Lá vão aparecendo, as discussões com os maridos, os divórcios, as inúmeras cartas do banco, os telefonemas……e o resto.
Lá se foi a grande alegria estampada no rosto, para dar lugar à grande tristeza e ao desespero.
Comida para amanha: talvez sim ou talvez não.
De quem será a culpa? Da enganosa publicidade, da concorrência entre as marcas, da expansão dos grandes centros comerciais, não esquecendo os ilusórios saldos e créditos enganadores? Ou simplesmente será nossa a culpa, de nos iludirmos com um prazer imediato, esquecendo outros valores, aqueles que não se compram em centros comerciais nem se adquirem às prestações.
Elaborado por: Anabela
Paula Almeida