Pensamento da Semana

O sucesso é construído à noite! Durante o dia! Nós fazemos o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, temos que ser especiais. Se não fizermos igual ao resto do mundo, obteremos mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso.

25 março 2011

"A manifestação à Rasca "

“A geração à Rasca”

Este fim-de-semana de norte a sul do país, a “geração à rasca” promoveu uma manifestação, para mostrar o descontentamento de todos aqueles que hoje vivem aflitos, “à rasca”, sem trabalho ou com precariedade, revoltados com os sonhos que lhe prometeram, e que não viram concretizados. Muitos com prestações da casa em atraso ou já sem ela depois de a terem finalmente entregue ao banco, a viverem o desespero na precariedade, outros porque deixaram de poder pagar os colégio aos filhos, por causa, da perda dos abonos, entre outros.
A geração à rasca é constituída por desempregados, sem perspectivas de futuro, por jovens que têm um emprego mas que nunca irão exercer uma profissão dentro da sua área de formação, na qual investiram grande parte da sua vida e para a qual sacrificaram dinheiro. É uma geração hiper-qualificada, completamente estraçalhada, sem margem para se libertar e tornar-se verdadeiramente independente. Incluem-se também neste grupo outras gerações, qualificadas à pressa, sem qualidade, por decreto, para inglês ver e a estatística aplaudir. Presentes ainda estiveram milhares de trabalhadores que viram o seu vencimento reduzido, roubados pelo governo que tantos legitimaram, no qual confiaram e que lhes mentiu e continua a enganar descaradamente.
Gerações à rasca são ainda os milhares de jovens explorados em estágios não remunerados ou a trabalharem com um livro de recibos que a constituição de um qualquer país civilizado proíbe. Já leram a nossa?
Geração à rasca são também milhões,de pessoas que perderam subsídios, e viram as suas pensões reduzidas ou congeladas e sem acesso a medicamentos que os próprios hospitais já começam a cortar. A justiça podre. A saúde miserável. Os impostos que corroem até aos ossos e minam um tecido empresarial cada vez mais fraco, os depósitos de gasolina cada vez mais vazios e os carrinhos de supermercado menos cheios. A luz, a água, o gás, o pão, o café, o açúcar, tudo, mas tudo mais caro.

Conclusão

Desta feita, após esta manifestação os intervenientes esperam claramente que o nosso executivo tome medidas rapidamente…
Novos e velhos, todos estamos à rasca. Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens. Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles. A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la. Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço? Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta. Pode ser que nada/ninguém seja assim.


Elaborado Por: Rui Santos

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